Quem sou eu? Pergunto a mim mesma.
Quando me olho ao espelho.
Não gosto do que vejo.
Não gosto de mim.
Em tempos que já lá vão, era bonita, elegante.
Agora....
O tempo passou por mim, as curvas bem feita do corpo feminino
que em tempo me pertenceram, desapareceram, dando origem a
um corpo marcado pelo cansaço, pelo passar da vida e das dificuldades.
um corpo marcado pelo cansaço, pelo passar da vida e das dificuldades.
O corpo que vejo ao espelho, não tem curvas, aquelas curvas bonitas de se verem.
Não gosto do meu corpo, não gosto do espelho que retrata a imagem que nele reflecte.
Tenho saudades do tempo em que era desejada.
Tenho saudades do tempo em que era uma menina/mulher bonita.
Mas os dissabores da vida, assim quiseram que me transforma-se numa figura banal,
Uma mulher como tantas outras, que existem por este mundo fora.
Uma mulher igual a outras mulheres, vulgares, sem beleza.
Quando me olho no espelho, pergunto-me a mim mesma como pode chegar a este ponto?
Quero mudar, voltar ao que era.
Não consigo,
Desespero.
Apetece-me gritar,
Gritar bem alto até conseguir partir o espelho que reflecte a minha imagem.
Mas os meus gritos não são ouvidos,
São gritos mudos.
E tenho como único espectador o Espelho.
Só ele é testemunha do meu desespero.
Só ele ouve o meu grito ensurdecedor.
Só ele me compreende.
Só ele me diz a verdade.
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